segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Eu e eu mesma...rs


Esta é uma obra de ficção ( do Quino )...
...Qualquer semelhança terá sido mera coincidência!!!



Antiquário de Marcelo Aguila na Viela das Lavadeiras

Embu das Artes / SP / Brasil




O que sinto com você?

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,

delicado e penetrante dos sentimentos.

O mais independente.



Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,

as distâncias, as impossibilidades.

Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação,

o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.

Afinidade é não haver tempo mediando a vida.



É uma vitória do adivinhado sobre o real.

Do subjetivo sobre o objetivo.

Do permanente sobre o passageiro.

Do básico sobre o superficial.

Ter afinidade é muito raro.



Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.

Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois

que as pessoas deixaram de estar juntas.

O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples

e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.



Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos

fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.

É ficar conversando sem trocar palavra.

É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.



Afinidade é sentir com.

Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.

Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado.

Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.



Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.

É olhar e perceber.

É mais calar do que falar.

Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.



Afinidade é jamais sentir por.

Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.

Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.

Compreende sem ocupar o lugar do outro.

Aceita para poder questionar.

Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.



Só entra em relação rica e saudável com o outro,

quem aceita para poder questionar.

Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar,

não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.

E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso.

Isso é afinidade.

Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita

o outro como ele é. Por isso, aliás, questiona.

Questionamento de afins, eis a (in)fluência.

Questionamento de não afins, eis a guerra.



A afinidade não precisa do amor. Pode existir com ou sem ele.

Independente dele. A quilômetros de distância.

Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.

Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar,

por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos.

Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos,

veremos ou falaremos.



Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem

para buscar sintomas com pessoas distantes,

com amigos a quem não vemos, com amores latentes,

com irmãos do não vivido?



A afinidade é singular, discreta e independente,

porque não precisa do tempo para existir.

Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu

o vínculo da afinidade!

No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação

exatamente do ponto em que parou.

Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas

nem pelas pessoas que as tem.



Por prescindir do tempo e ser a ele superior,

a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades

ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente.

Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós,

para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.

Sensível é a afinidade.

É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido.

Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau,

porque o que define a afinidade é a sua existência também depois.



Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois

encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir

restituir o clima afetivo de antes,

é alguém com quem a afinidade foi temporária.

E afinidade real não é temporária. É supratemporal.

Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta,

ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade.

A pessoa mudou, transformou-se por outros meios.

A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas,

plantios de resultado diverso.



Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças,

é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas,

quantos das impossibilidades vividas.



Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou,

sem lamentar o tempo da separação.

Porque tempo e separação nunca existiram.

Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida,

para que a maturação comum pudesse se dar.

E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais,

a expressão do outro sob a forma ampliada e

refletida do eu individual aprimorado.



Artur da Távola





domingo, 20 de novembro de 2011

Os malefícios da fofoca | Portal Carreira & Sucesso

Boatos, inverdades e polêmicas. Estes são fatores que infectam o ambiente de trabalho e prejudicam a produtividade de uma organização. Historicamente, os fofoqueiros sempre estiveram presentes em qualquer empresa, independente do porte, segmento ou atuação. Com a exigência cada vez maior de postura profissional, este perfil já vem diminuindo, mas ainda existe.
A pessoa que se promove por meio de fofocas geralmente quer atenção e se concentra em malefícios de terceiros para que possa se promover. Normalmente é inseguro, e precisa denegrir o outro para obter sucesso. “Costumo dizer que, quem fala de um, fala de todos. É só uma questão de oportunidade. Existe o fofoqueiro ativo e o passivo; aquele que faz o comentário e aquele que é condizente e escuta sempre”, opina Waleska Farias, Coach e Consultora de Gestão de Carreira e Imagem.
Existe uma linha muito tênue entre um simples comentário e uma fofoca e tudo irá depender da intenção e interpretação de ambas as partes. Quando falamos do conteúdo de uma mensagem, dependerá de quem a está emitindo e também recebendo. É recomendável também que a pessoa saiba o quê e para quem falar sobre determinado assunto. A má interpretação dos fatos pode fazer com que o grupo todo se volte contra este profissional, dependendo de como a mensagem foi transmitida.
Uma das formas de evitar que informações se tornem fofoca é não emitir opiniões sobre os pares sem que estas pessoas saibam. Se for envolver o nome de outros indivíduos, o interessante é que eles estejam sempre cientes de sua posição. A maturidade e postura profissional também são fundamentais. “Caso saiba de algum boato sobre sua pessoa, o indicado é o funcionário saber selecionar o que realmente é verdade e evitar levar um sentimento de raiva ou vingança, pois, muitas vezes, o fofoqueiro foi quem distorceu o comentário antes de chegar a seu ouvido”, indica Edson Félix, consultor de carreiras.
Quando há um ambiente de fofoca muito grande no ambiente de trabalho, com certeza, as pessoas envolvidas não estão focadas em suas atividades. Muitas vezes, o fofoqueiro utiliza de seus artifícios para se beneficiar de alguma maneira e não está concentrado no resultado da equipe como um todo. “Mais de 80% das demissões ocorrem por problemas de conduta e não por falta de capacitação técnica”, afirma Waleska, após levantamento feito junto a empresas para as quais presta consultoria, como Grupo Pão de Açúcar, Globosat, Neoenergia, Contax, e Habib’s.

Postura do líder
O gestor é responsável pelo comportamento ético de seus liderados e sempre deve ter a postura de minimizar conflitos. Ele tem a obrigação moral de intervir se tomar conhecimento de inverdades circulando perante o grupo. Deve também administrar o ambiente e evitar que se propague o clima de mentiras e fofocas.
“O líder precisa conquistar a liberdade de conversar com todos da equipe e, ao identificar o fofoqueiro, deve saber trabalhar com o comportamento deste indivíduo para minar este hábito”, conta Félix. É papel do líder identificar rumores logo no início e combatê-los para não se propagarem perante seus subordinados.

Fonte: Os malefícios da fofoca
Portal Carreira & Sucesso
 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Desenvolvendo a Consciência da Afetividade

A elaborar, ...  com base no comentário feito por duas universitárias, no ônibus em 28/10/2011, baseado no pensamento de Ivan Capellatto...

INÍCIO:

DESENVOLVENDO A CONSCIÊNCIA DA AFETIVIDADE


Ivan Capellatto procura ressaltar a importância da afetividade nas relações entre os indivíduos, porque uma vivência afetiva dá a oportunidade de o sujeito aprender a cuidar de si mesmo, das pessoas ao seu redor, da sua cidade e do seu país.



No mundo atual, os valores e regras que sustentam o equilíbrio do indivíduo na sociedade são constantemente negados e violados, o que dificulta terrivelmente a tarefa dos organismos que trabalham para melhorar a qualidade de vidado planeta, como a Organização Mundial de Saúde.


A saúde, principalmente a mental, é um dos elementos fundamentais para que tal objetivo seja alcançado. Dentre os critérios de saúde mental estão o respeito e o cuidado por si mesmo e pelos outros, assim como pelo planeta, seus animais e vegetação. Cuidar é um ato consciente que pode ser ensinado, e consiste, por sua vez, num dos maiores geradores de prazer que o mundo humano conhece.


Cuidar adequadamente dos outros como de si mesmo pode ser o início de uma grande transformação, tanto do ponto de vista individual como do ponto de vista social.


E é nisso que consiste o desenvolvimento da consciência afetiva - tratar das questões referentes ao ato de cuidar, tais como: a importância da afetividade, condição fundamental, e o papel da família, da sociedade e da escola na formação de um indivíduo afetivo.



A CONCLUIR...



algo a ver também com o comentário do face:

Acho que, justamente porque nunca fiz parte de nenhum padrão, sempre tive grande empatia pelos que vivem à margem (?), pelos “desencaixados”, pelos “diferentes”. Rendo-me frequentemente ao gosto agridoce dos flagelados, dos que tendem ao abandono, dos excluídos. Porque é desse desconforto que vi nascer tanta solidariedade, compaixão e coragem. E gosto disso. E, se nosso mundo é capaz duma violência silenciosa, que tantas vezes vem disfarçada de brincadeira, mas que machuca, segrega, e põe a parte... temos que saber que padronizar pode até parecer adequado, mas logo vai gerar um grande desconforto. Porque isolar é ferramenta dos covardes. É subtrair, sempre. E bonito nessa vida é saber acolher o pedaço da gente que não pode ser integrado, que não cabe em nenhum lugar comum. Bonito mesmo é saber que é justamente nas diferenças que somos tão iguais. Porque, sinto muito, mas minha melhor metade é esta mesmo, a desencaixada. (Palavras da Karen Galdino - Minha amiga guerreira que luta por um mundo mais justo e fraterno pra todos nós!)

Irei organizar...assim que tiver tempo de ler Ivan!!!

bjs