terça-feira, 16 de novembro de 2021

Outro Silva e seus 5 minutos de Fama...



Qual de nós já não passou madrugadas em claro ao lado do ficante, do namorado, marido ou amante, ou mesmo em farra com irmãos ou um pai aficionado??? para acompanhar uma corrida de Fórmula 1 ??? Atire a primeira pedra...quem nunca???
Fechamos parceria quando acompanhamos a cara metade e mergulhamos em um mundo atraídas pela disputa, pela velocidade e pela potência de uma competição que desencadeia verdadeira hipnose em nossos queridos!
Saudades do universo masculino!!!
Saudades também de um Silva que há décadas nos orgulhava pelo fato de sermos brasileiros e que ergueu nossa bandeira em diversos circuitos mundo afora!
O Silva de hoje, 14/11/2021, brincou com a nossa memória afetiva...tivemos uma vitória em Interlagos, uma bandeira brasileira solicitada para a grande volta da vitória e um Silva no pódio!!!
Ah, as ironias do destino...
Ah que peça nos pregam estas coincidências...
O Silva de hoje, trabalha para a Mercedes, coordenando o grupo de estratégias que deixa o piloto Lewis Hamilton munido de informações para tomada de decisão na hora da corrida. É quase um" como correr" em determinadas pistas, circunstâncias, prevendo o que se esperar, no que diz respeito ao que de fato pode acontecer... (como se isso fosse possível...em se tratando de F1).
Não há como não traçar um paralelo entre os Silva...( eu gosto disso ... ), o nosso maior, Ayrton Senna da Silva e o Ilustre des(conhecido) Leonardo Donizete da Silva, que entra para a história recente da fórmula 1, com a insistência que lhe permitiu conquistar um estágio ainda nos tempos da faculdade de Engenharia Mecânica da UNICAMP, e hoje atuar na Equipe da Mercedes para a realização de um sonho, trabalhar na Fórmula 1!
Falando em sonho...a gente sonhou...
... sonhou que a vitória era nossa...
...sonhou que o banho de Champagne era pra gente... e foi...
...Acordamos (do sonho) felizes... com aquela sensação de Domingo, de ter escutado o Hino da Vitória.
Rolou uma lágrima aqui...
De Curitiba, Grace Teles
Postal convite para AYRTON SENNA EXHIBITION - LONDON, 8th - 20th April 1996, presente de Antonio Teles Jr.

domingo, 13 de junho de 2021

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Pois então...até parece que 2020 não existiu...

Lá vem textão...

Parece que eu estava sabendo...de certa forma sabia ...

A sensação era que eu pressentia algo e que esse algo que viria, não seria bom! Era como se fosse acabar não somente o ano...pensei, meu Deus, vou ficar doente e morrer...comecei fazer meus exames de rotina, buscando algum mal...

Sempre fui festeira e aguardava o Natal como uma criança... 2019 foi um ano ótimo e eu... simplesmente, não queria que acabasse, não queria que o Ano virasse, não queria o Ano Novo...não entendia a princípio e só fui entender quando março chegou junto àquele soco na boca do estômago...

Pandemia ...

Nos primeiros dias muito medo...medo de morrer, de perder quem amamos...de perder aquela vida boa que sempre tivemos...não temos tudo, mas nunca nos faltou!

O que fizemos e o que deixamos por fazer...os arrependimentos, os sobressaltos, as feridas do passado sangrando frente ao futuro que sequer poderia vir...

Sonhos interrompidos, planos...

Faculdade trancada, emprego, só faço o que aparece, perspectivas de retorno ao "normal" se esmorecem frente às novas cepas do vírus que não é letal, mas que pode ser, COVID-19 e que muda, sem pedir licença a qualquer dos reles mortais.

E o que fazer? Como agir? A gente surtou várias vezes, fizemos fuxico, lettering, a criatividade aflorou para romper com a insanidade à espreita, ali, naquela compra de supermercado... E QUANTO ÁLCOOL GEL NAS MÃOS... 

Baixamos a guarda, não os cuidados, mas a loucura em permanecer vivos...todos morreremos, um dia, de alguma coisa, claro que não queremos que seja agora, claro que ainda temos muito a fazer e viver...O que eu estou falando é da imensa pena que sentimos de nós mesmos...humanidade caída, ridicularizada por um vírus...

Tudo bem que não queremos, mas se adoecermos também estará tudo bem, na medida do impossível, de onde a graça de Deus possa nos alcançar...

Cada vez que lembro do insight que tive, penso como teria sido pior acaso não tivesse sido alertada por Deus...

Tudo bem que a filha se formou em Música e que o setor de eventos faleceu...a internet será a plataforma que receberá as Lives... e como houveram e ainda estão por vir... LIVES e mais LIVES... ficamos fartos do virtual, mas a vida de fato, corre por esta tela, que nos protege da contaminação!

Deus...esteve em cada front... revelou-se a nós Seu cuidado e proteção em meio a tantos perigos reais e imaginários... esteve, assim como está, no comando de tudo.

A família, por sorte,  ganha novo status de porto seguro, refúgio, adiando as antigas desavenças e cobrando visitas intermináveis que ( por ora não ocorrem)a menos que seja em nossos maiores e melhores anseios de poder conviver = viver com !!!

O toque, ...ah o toque, o de mãos, o de corpos, o abraço, que ganha a missão de nos manter em pé! Quanto colo pedimos, de quanto colo precisamos!

2020 deverá ser tirado do calendário? Esquecido? Jamais! Esse é o ano que nos colocou à prova, de vida, de risco, de tudo o quanto acreditamos e de quem realmente somos...e até do que somos capazes de suportar e superar...

Parece que em um ano só não cabe tanto aprendizado!!!

Eu não queria que acontecesse! Olhei para trás várias vezes, como a Mulher de Ló ( a da Bíblia ), ela mesma, que olhando para trás  perdeu a passagem para o futuro...

Não mais...o meu olhar volta-se adiante...para o alto e além!!!

Respiro fundo e vivo...aproveitando cada minuto, cada olhar, cada situação, retirando dela o néctar da vida, dádiva divina!

Ebenezer, expressão que significa " Até aqui nos ajudou o Senhor"...

...assim será o resto dos anos de nossas vidas!





Nós ...Amei ser uma personagem Disney

 


domingo, 6 de outubro de 2019

Então ???

Então...

Estive fora por algum tempo...mesmo isso não impediu que eu pensasse em quem não fui...ou em quem eu não estou sendo...
Eu voltei...agora pra ficar...

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Café com Bagagem



Criei este blog em 2010, no intuito de livrar-me das palavras com as quais não queria mais ficar...e assim tem sido, na ânsia de cumprir o que um espírito livre faz quando não dá conta de sua existência!!!

O entorno não coopera, quando a degradação do ser humano perde-se a tantos pareceres equivocados...
Torpe humanidade, ensandecida em seus delírios...

Saio distraída dos comentários, que não fazem sentido e que ecoam em paredões resistentes ao vento, a poeira e a tudo quanto não signifique...

Triste ver as ideias confiscadas, num arroubo tespestivo...

Pedi providências...e fico...a esperar

Grace Teles




sábado, 26 de dezembro de 2015

MERRY CHRISTMAS !


Oração a Deus
Voltaire
Não é mais aos homens que me dirijo, é a Ti, Deus de todos os seres, de todos os mundos e de todos os tempos. Se é permitido a frágeis criaturas perdidas na imensidão e imperceptíveis ao resto do Universo, ousar Te pedir alguma coisa, a Ti que tudo criaste, a Ti cujos decretos são imutáveis e eternos, digna-Te olhar com piedade os erros decorrentes de nossa natureza. Que esses erros não venham a ser nossas calamidades. Não nos destes um coração para nos odiarmos e mãos para nos matarmos.
Faz com que nos ajudemos mutuamente a suportar o fardo de uma vida difícil e passageira; que as pequenas diferenças entre as roupas que cobrem nossos corpos diminutos, entre nossas linguagens insuficientes, entre nossos costumes ridículos, entre nossas leis imperfeitas, entre nossas opiniões insensatas, entre nossas condições tão desproporcionadas a nossos olhos e tão iguais diante de Ti; que todas essas pequenas nuances que distinguem os átomos chamados homens não sejam sinais de ódio e perseguição; que os que ascendem velas em pleno meio-dia para Te celebrar suportem os que se contentam com a luz do Teu sol; que os que cobrem suas vestes com linho branco para dizer que devemos Te amar não detestem os que dizem a mesma coisa sob um manto de lã negra.
Que seja igual Te adorar num jargão formado de uma antiga língua, ou num jargão mais novo; que aqueles cuja roupa é tinjida de vermelho ou de violeta, que dominam sobre uma pequena porção de um montículo de lama deste mundo e que possuem alguns fragmentos arredondados de certo metal usufruam sem orgulho o que chamam de grandeza e riqueza, e que os outros não os invejem, pois Sabes que não há nessas vaidades nem o que invejar, nem do que se orgulhar.
Possam todos os homens lembrar-se de que são irmãos! Que abominem a tirania exercida sobre as almas, assim como execram o banditismo que toma pela força o fruto do trabalho e da indústria pacífica! Se os flagelos da guerra são inevitáveis, não nos odiemos, não nos dilaceremos uns aos outros em tempo de paz e empreguemos o instante de nossa existência para abençoar igualmente em mil línguas diversas, do Sião à Califórnia, Tua bondade que nos deu esse instante. ( Jornal Hoje também é cultura...! )

terça-feira, 28 de abril de 2015

Provocações - Não Entendo (Clarice Lispector) - Antonio Abujamra - 22/11...



Amava você declamando Clarice...


Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
Clarice Lispector LISPECTOR, C. A Descoberta do Mundo. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1984.



domingo, 25 de maio de 2014

Quando deixo a mente correr...

Tão bom e relevante é o exercício de correr frouxo o pensamento e elaborar, sem destino, um texto que valha a pena mencionar...ou não!
Toda vez que deixei isto acontecer foi como se um cenário mágico saísse de alguma janela ou de alguma memória, mas certamente de um arquivo, trazendo cheiros, sabores, doces lembranças de outros tempos que não os de agora.
Quando era mais nova reclamava mentalmente dos arroubos saudosistas dos mais velhos e adorava, como ainda adoro, sentar em rodas que despertem o filosofar ou o simples ócio criativo...Por vezes me pego com tanta saudades de tempos idos que logo me lembro como o gosto pelo que ainda estava por vir suplantava  o que já tinha se passado.
Nos assuntos cabem as teorias, os pareceres, as colocações, as simples opiniões, as histórias contadas e se na verdade não tiverem acontecido tal e qual, sempre soarão como verídicas.
O escritor/roteirista, classificou meu texto como hermético, razão pela qual não digeri até esta data, a nomenclatura selecionada para dispor sobre algo tão possível a um artista...Greta Garbo era hermética. Eu também posso em minha escrita, dizer o que roda na cabeça, mas que não faz sentido ao leitor, ou então, presentear-lhe com seu próprio entendimento e deixar-lhe links por conta de pura identificação.
É que às vezes, caro leitor, o que queremos mesmo é a companhia do barulho do teclado apressado, como que respondendo imediatamente ao meu mais novo questionamento!
Sou mulher de frases!!!
Sou mulher de histórias, com sentido ou não. inteligíveis ou não. Apreciadas ou não.Lidas ou não.
O que eu quero mesmo é...Botar meu bloco na rua, brincar...Botar pra "ferver" !!!!


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O ROUPÃO DO MEU PAI...



Já perceberam quanto de uma saudade fica em determinado objeto, que vira uma espécie de talismã, quando o guardamos em nossa memória, em uma caixa, ou até mesmo à vista para sempre tocar, numa espécie de conexão com o ente querido que partiu?
Em 2003 meu pai não resistiu a um tumor maligno, um câncer cerebral agressivo, categoria 4 numa escala de 1 a 5, glioblastoma multiforme e de lá para cá, muitas vezes fomos só saudades.
Incrível lembrar daquela figura tão querida e não derramar uma lágrima teimosa. Ou várias, se estamos em dias mais sensíveis.
Fato é que mesmo depois de sua partida, o roupão está lá quase incólume, colocado atrás da porta do banheiro. Minha mãe não o usa, mas o detém lá.
Neste ano de 2013 quase nos mudamos de São Paulo para o interior, então, doei muita coisa, mexi na casa inteira, e consegui me desvencilhar das garrafas das bebidas que ele gostava e que permaneceram, assim como o roupão, no mesmo local onde estavam, desde que ele se foi.
As garrafas de um bom whisky e de alguns licores foram destinadas a um bar que abriu na esquina da minha casa, e, sinceramente, achei que o roupão sairia daqui na mesma sacola pesada que levou outras peças para a Igreja. Não foi. Fui desautorizada. Respeitei. Assim como ele me ensinou o que é impor respeito.
Isto me faz lembrar de uma situação engraçada na qual estávamos eu, minha mãe e minha filha, quando ainda morávamos em Curitiba, em um apartamento que não era propriamente um térreo, tampouco um primeiro andar, ficando ali no limiar entre um e outro, em um dia bastante quente, no qual, a janela de fora estava apenas encostada, pela "segurança" que a grade exercia. Em dado momento, minha mãe aproximou-se da janela no intuito de fechá-la ou por algum pressentimento de que estava sendo vigiada e surpreendeu-se com um rapaz e gritou, imediatamente pelo nome do meu pai. - Antoninho! fechando a janela. E disse ainda: - Tem um rapaz aqui venha atender. E eu, na peça ao lado, sem exitar, busquei o meu grave mais possante para falar a frase que era dele: - E aí? O que é que há!?! A frase impôs respeito!!!! Na hora, o intruso desceu a pequena mureta que lhe permitiu o acesso e foi embora deixando-nos ali, as três, assustadíssimas. Hoje a gente ri quando chama o Toninho em algumas situações pra lembrar do ocorrido. 
Quantas vezes fazemos menção da presença logo quando a perda se dá. O tempo encarrega-se de amenizar a ausência imposta e a gente dá conta de resolver as pendengas, nem que seja, hilariamente, apelando para a criatividade do imaginário!!!
Certo é que pouco levamos, da mesma forma que muito deixamos. Deixamos não só nossos pertences, nossas caixas de recordação, nossos textos, nossos enfeites e nossas fotos. É fato que a ausência torna dolorosa a existência material de roupas e livros, caso existam, mas o maior que fica é a complexidade da personalidade, esta sim, muito mais rica e valiosa em todas as suas nuances.
Viramos muitas vezes uma caixinha de documentos e fotos. A grande maioria de anônimos deixa aos seus familiares seu legado e a alguns conhecidos seus, suas melhores ou piores lembranças.
Alguns outros deixam sua carreira, suas obras, dispondo-lhe uma ilusória imortalidade até que ninguém mais deles lembre-se, a despeito da genialidade presente em  sua existência.
Outros  tem o seu nome registrado na História e assim, pela tradição, pela cultura, pela informação, permeiam as eras para fazerem juz ao que foram em vida.
Toda essa conjectura a partir de uma peça de roupa, pendurada atrás da porta do banheiro, como a suplicar, que seu dono, imediatamente após a ducha viesse neste roupão aconchegar-se e viesse naquele cheiro bom de banho tomado nos deixar encerrar a cabeça nos seus ombros. Minha mãe o quer lá e eu, por anuência permitida, o deixo lá a me acariciar a memória afetiva.

Nós temos guardado o roupão do meu pai...






terça-feira, 15 de outubro de 2013

Aos futuros mestres... com carinho!


Para futuros Pedagogos...

Os desafios são e sempre serão grandiosos.
Vão querer sufocá-los com as amarras do planejamento, do Projeto político-pedagógico, do Sistema, de egos insuflados que não reconhecem a verdadeira beleza do compartilhar...
Educar e ensinar são verbos que implicam em dividir, compartilhar, o que também implica em ser generoso e humilde.
Lembre-se que a coluna ereta lhe garante segurança, mas o nariz empinado só demonstra tua insegurança.
Seus alunos serão crianças, adolescentes, adultos, enfim, gente e ... gente, precisa de cuidado para crescer e aprender. Em época onde o discurso é humanizar a medicina, lembremo-nos nós de Reencantar a educação, exercendo uma pedagogia pautada por relações de afeto, procurando ao máximo, nos preparar da melhor forma possível, técnica e emocionalmente, para chegarmos até o aprendiz e lhes mediar os caminhos rumo a transformação de suas vidas!
É o meu desejo, que sejamos sempre a melhor lembrança e a melhor referência na vida das pessoas que cruzarem nossa caminhada!
Que a despeito das amarras, tenhamos sempre a liberdade de pensamento e expressão que nos são asseguradas por uma carta chamada Constituição.
E que o espaço da sala de aula seja compreendido e apreendido para dele fazermos o palco de nossas almas!

Feliz Dia do Professor!
15 de Outubro

Grace Teles


15 de Outubro - DIA DO PROFESSOR






domingo, 23 de junho de 2013

PÁTRIA AMADA BRASIL




I

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

II

Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores".

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro desta flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.

Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Feliz Natal!!!

 
É Natal! Natal somos nós quando decidimos nascer de novo, a cada dia, nos transformando. Somos o pinheiro de natal quando resistimos vigorosamente aos tropeços da caminhada. Somos os enfeites de natal quando nossas virtudes, nossos atos, são cores que adornam. Somos os sinos do natal quando chamamos, congregamos e procuramos unir. Somos luzes do natal quando simplificamos e damos soluções. Somos presépios do natal quando nos tomamos pobres para enriquecer a todos. Somos os anjos do natal quando cantamos ao mundo o amor e a alegria. Somos os pastores de natal quando enchemos nossos corações vazios com Aquele que tudo tem. Somos estrelas do natal quando conduzimos alguém ao Senhor. Somos os Reis Magos quando damos o que temos de melhor, não importando a quem. Somos as velas do natal quando distribuímos harmonia por onde passamos Somos Papai Noel quando criamos lindos sonhos nas mentes infantis. Somos os presentes de natal quando somos verdadeiros amigos para todos. Somos cartões de natal quando a bondade está escrita em nossas mãos. Somos as missas e cultos de natal quando nos tornamos louvor, oferenda e comunhão. Somos as ceias do natal quando saciamos de pão, de esperança, qualquer pobre do nosso lado. Somos as festas de natal quando nos despimos do luto e vestimos a gala. Somos sim, a Noite Feliz do Natal, quando humildemente e conscientemente, mesmo sem símbolos e aparatos, sorrimos com confiança e ternura na contemplação interior de um natal perene que estabelece seu Reino em nós. Obrigado Jesus! Por vossa luz, perdão e compreensão. Feliz Natal (Autor desconhecido)
 
 


domingo, 11 de novembro de 2012

"Saga", por Filipe Catto mas... poderia ser por Elis Regina ou Ney Matogrosso



 

Saga

Filipe Catto

Andei depressa para não rever meus passos
Por uma noite tão fugaz que eu nem senti
Tão lancinante, que ao olhar pra trás agora
Só me restam devaneios do que um dia eu vivi

Se eu soubesse que o amor é coisa aguda
Que tão brutal percorre início, meio e fim
Destrincha a alma, corta fundo na espinha
Inebria a garganta, fere a quem quiser ferir

Enquanto andava, maldizendo a poesia
Eu contei a história minha pr´uma noite que rompeu
Virou do avesso, e ao chegar a luz do dia
Tropecei em mais um verso sobre o que o tempo esqueceu

E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho com força, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer

E era de gozo, uma mentira, uma bobagem
Senti meu peito, atingido, se inflamar
E fui gostando do sabor daquela coisa
Viciando em cada verso que o amor veio trovar

Mas, de repente, uma farpa meio intrusa
Veio cegar minha emoção de suspirar
Se eu soubesse que o amor é coisa assim
Não pegava, não bebia, não deixava embebedar

E agora andando, encharcado de estrelas
Eu cantei a noite inteira pro meu peito sossegar
Me fiz tão forte quanto o escuro do infinito
E tão frágil quanto o brilho da manhã que eu vi chegar

E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho sorrindo, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Não vou me adaptar- Arnaldo Antunes e Nando Reis(Ao vivo no estúdio 2007)


Não vou me adaptar à bandalheira generalizada.
Não vou me adaptar às regras que já não correspondem ao novo ideário do século XXI.
Não vou me adaptar às frases sem nexo, que não correspondem à realidade fática, principalmente àquelas frases soltas, largadas ao vento, como se pouco importasse a quem elas são dirigidas.
Não vou me adaptar à falta de escrúpulos, caráter ou princípios, só porque a maioria nem sabe o que é isso.
Não vou me adaptar à canalhice declarada, à estupidez escancarada e à alienação alimentada em prol da corrupção.
Não vou me adaptar à falta de educação, bons modos, civilidade, coisas que eram inerentes às pessoas de bem da sociedade, sociedade esta, doente, pervertida em cenas, músicas e versos fracos de rimas e fortes em estímulos violentos.
Não vou me adaptar à falta de compreensão, tolerância ou respeito que se deflagram nas relações mais banais e quotidianas, como a simples reclamação de um serviço mal executado ou por um trabalho árduo realizado e não reconhecido.
Não vou me adaptar à opinião cega do outro que compra idéias sobre o comportamento alheio, sem analisar com um olhar mais acurado, sobre o outro que está bem diante do seu nariz.
Antes, e sempre, e tanto, farei uso do meu discernimento, mesmo que para tanto, eu brinque de mulher invisível, de estátua ou faça pose de paisagem, porque embora mesmo, eu não me adaptando seja fácil me notar, é infalível que muitos não me enxergarão e olharão por sobre e através de mim, para suas próprias realidades inventadas...
Então, que fique o refrão, curto, grosso, áspero e imperativo negativo que escolhi para a minha execução: - Não vou me adaptar...Não vou me adaptar...
Não vou, me adaptar...pois não compro prognósticos em farmácias e não faço análise de comportamentos declaradas, posto que me falta a habilitação, mas sei exatamente o que se desvela diante dos meus olhos: posso ouvir, ver e pensar, graças à Deus.
Tenho os sentidos à flor da pele para os exercitar contra as falácias e as idiotices relatadas detalhadamente nos discursos e em muitos canais de comunicação.
Serei fiel, a mim mesma por achar que mais vale uma verdade incauta do que uma realidade elaborada.
Grace Teles - em momento histórico - Eleições Brasil/ São Paulo 2012

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Feliz Dia do Amigo!

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Amy Winehouse - Valerie

CAFÉ COM CORUJA









WESTWING HOME AND LEAVING / BANDEJAS PARA CAFÉ





WESTWING HOME AND LEAVING/ CAIXA PARA CAFÉ




WESTWING HOME AND LEAVING/ BLOCO DE NOTAS





 

WESTWING HOME AND LEAVING/ IMÃS




WESTWING HOME AND LEAVING / QUADRO NEGRO




WESTWING HOME AND LEAVING / PLACAS DECORATIVAS II





WESTING HOME AND LEAVING/ PLACAS DECORATIVAS





quarta-feira, 6 de junho de 2012

POÉTICA ( MANUEL BANDEIRA )

POÉTICA



Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto espediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.

Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo.

Abaixo os puristas.
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.

De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar as mulheres, etc.

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare.

- Não quero saber do lirismo que não é libertação.

 




terça-feira, 13 de março de 2012

Carlos Drummond de Andrade

Acordar, viver

Como acordar sem sofrimento?
Recomeçar sem horror?
O sono transportou-me
àquele reino onde não existe vida
e eu quedo inerte sem paixão.


Como repetir, dia seguinte após dia seguinte,
a fábula inconclusa,
suportar a semelhança das coisas ásperas
de amanhã com as coisas ásperas de hoje?


Como proteger-me das feridas
que rasga em mim o acontecimento,
qualquer acontecimento
que lembra a Terra e sua púrpura
demente?
E mais aquela ferida que me inflijo
a cada hora, algoz
do inocente que não sou?


Ninguém responde, a vida é pétrea.


sexta-feira, 2 de março de 2012

domingo, 8 de janeiro de 2012

Desejo (Victor Hugo)

Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.

E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.

E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.